*** ENTRELINHAS ***

quinta-feira, dezembro 08, 2005


A Lança da saudade …

Rasgo a neblina da manhã
Galopo contra o vento norte
As mãos gelam, o rufo do meu coração
Anuncia prenúncios de morte …

Morte, Morte, Morte, sempre a morte!
Só se assusta com a morte, quem algum dia viveu.
Mas, eu rio da Morte, não é dela que fujo …
Mas da saudade!
Essa sim!
Saudade, que me mata em silêncio
Saudade, que me gela o sentir
Saudade, que me atira para a demência
e pensamentos obscuros
Saudade, que tão veemente,
me acompanha no dormir,
me impede de sorrir…
me amordaça e me traça a alma
Mas, Saudade é Amor, dor …
E só sente dor
Quem conhece o Amor …
E só sente Saudade …
Quem mesmo contra a vontade
Sente a dor do Amor de Verdade

Tanto queria continuar a cavalgar
Sem me desviar da minha estrela polar
Tanto queria ter medo de morrer
De Saudades de ti …mas sem te perder!

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Preciso de ti!

Deslumbro-me ao ver-te, entre o fogo da fogueira.
Olhos vendados, alma atenta;
Punhos amarrados em correntes de vento;
Tempo curandeiro, anuncias a morte lenta.
Salta essa fogueira! Liberta-me!
O medo, Confunde-te a dor da chama?
Barreira submissa as ideias primata;
Que o povo condena e à morte proclama.

Entretanto …
Aproveito a chuva para chorar;
Mas este fogo teima em não se apagar;
Suplico o desejo de Amar.
Este coração ateu quer acreditar;
Que jamais será capaz de gritar:
Que mais vale morrer, que voltar a Amar…

Preciso de ti!